quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O último catão


De Matilde Asensi, que segundo li, é a escritora espanhola que mais vende neste momento, este livro comprova o porquê desse facto. Gosto de livros que me façam correr para casa para poder pegar nele e ler páginas durante horas seguidas. Este livro, considerado romance e policial pega numa pista... um etíope morto com estranhas marcas no corpo e acaba numa aventura cheia de mistérios sempre acompanhada pela "A Divina Comédia" de Dante.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Frustração

Não costumo escrever sobre frustrações do dia a dia, muito menos quando estas estão relacionadas com o emprego, mas hoje aconteceu um episódio muito revoltante entre mim, a professora mais nova da escola, e o professor com mais anos de carreira. As razões não são para aqui chamadas nem o episódio em si. Ao final da tarde saí da escola como uma pilha de nervos, mas agora já estou bem mais calma e até me rio com a situação. Felizmente cruzo-me com pessoas com este carácter poucas vezes na vida, daí não conseguir lidar muito bem com a situação. Mas tudo isto para dizer o quê? Que estou a 400km de casa, e mesmo assim os meus amigos conseguiram arrancar-me verdadeiras gargalhadas e sorrisos com a respectiva situação. Sou ou não sou uma grande felizarda? Quanto ao sujeito em questão... só tenho a lamentar que, ou por questões de carácter natural ou por vivências, se tenha tornada assim. Espero eu, jamais me deixar vencer pela frustração e amargura ao invés dos princípios de bom carácter.
E nunca... nunca... alguém me irá convencer que não estou a fazer um bom trabalho, quando em plena consciência sei que o faço bem... muito bem. E se porventura fico desmotivada, a Direcção da Escola e os alunos diariamente me convencem que escolhi a profissão certa.
Termino por dizer que a humildade, o respeito, a amizade e a busca constante pelo conhecimento são pilares essenciais para alguém que se coloque em frente a uma turma. Mais importante que o conhecimento que transmitimos, são os valores, perseverança, responsabilidade e princípios que passamos para eles.

Os filhos da mãe

Um livro que abri por volta das 13h30m e na hora do lanche já estava lido. Os filhos da mãe é de Rita Ferro (confesso que foi a primeira vez que li algo desta autora) e conta a história de uma família surreal. O livro acima de tudo dá para rir... rir muito com tanta estranheza à volta de uma família tudo menos equilibrada. Desde os nomes que a autora decidiu dar às personagens: o Pai, a Mãe, o Mais Velho, o Segundo, os Gémeos, a Anã, o Escritor e a Cuba, até aos animais de estimação da casa... ratazanas, com direito a nomes... Um livro para passar uma fria tarde descontraída sentada no sofá.

Os diários secretos de Adrian Mole

Comecei o ano com uma vontade imensa de ler... depois de 3 volumes de Harry Potter, seguiu-se uma sugestão da simpática bibliotecária "Os diários secretos de Adrian Mole". Nunca ouvi falar destes livros, mas após uma rápida pesquisa na internet descobri que é um grande sucesso a nível mundial. Como o próprio nome indica, a colecção fala do dia a dia do Adrian, primeiro criança, depois adolescente até chegar à idade adulta, com todas as alegrias e delírios de qualquer pessoa. Uma peripécia de acontecimentos e fácil leitura, tornam esta colecção interessante e rápida de ler.

Max & Mary

A crítica diz: "Uma das mais notáveis longas-metragens de animação dos últimos anos, assinada por Adam Elliott." E é bem verdade... Aconselhável a qualquer idade.

Harry Potter

Sim... gosto de Harry Potter, ou melhor, adoro este pequeno feiticeiro. Desde o primeiro livro que li, algures em 1999, muito antes de se ter tornado este fenómeno, que me desmanchei a rir com todos os novos objectos e novo mundo que se abria perante cada página do livro. Na altura não imaginei que se tornasse do fenómeno colossal em que pouco tempo depois se tornou. Tenho de admitir que, além de todo o furor, é admirável que alguém conseguisse que os miúdos deixassem os pc e Tv para ler um livro.
Pois bem, um bom tempo depois de fechar o volume 4, decidi que tinha de completar a colecção. Um cartão na biblioteca de Nisa e 3 volumes debaixo do braço. Numa semana em que praticamente dei aulas e li livros, consegui descobrir o final. Praticamente não fazia mais nada, acho que não liguei a Tv uma única vez nessa semana. Mas valeu a pena, aquele mundo é literalmente mágico.

Where the wild thigs are

Um filme de Spike Jonze baseado no livro infantil de Maurice Sendak. Se o livro é dedicado às crianças, o filme é tanto para adultos como para crianças. O que mais me impressionou no filme foi o fenomenal desempenho de Max Records, um miúdo agora com 13 anos que deu vida à principal personagem do filme. Se justiça houvesse, e apesar da tenra idade, este miúdo estaria nomeado para um Óscar.

Lisboa

Passagem de ano em Madrid, primeiro fim de semana do ano em Lisboa. Confesso que as vezes que fui à capital do nosso país, não deu para conhecer verdadeiramente a cidade. Tinha uma grande lacuna, uma vez que conheço algumas capitais europeias e não conhecia bem a minha própria capital. Pois bem, feita turista de mapa em punho, com uma companhia fantástica ao lado, lá fui descobrir os recantos de Lisboa. Durante um fim de semana, olhei para a cidade com olhos de quem pela primeira vez descobria alguns recantos, e a conclusão a que cheguei é que Lisboa é uma cidade encantadora, impossível a qualquer turista ficar indiferente. Do Marquês do Pombal, ao Rossio, Baixa Pombalina, bairro de Alfâma ao S. Jorge e finalmente Bairro Alto. É uma cidade de luz e cheia de vida. Ouvir fado enquanto se janta é qualquer coisa indescritível... O fado é nosso... muito nosso... Parece que estes poucos dias passaram a voar, e muita coisa ficou por ver, outros locais que porventura já conhecia relativamente bem, tal como o Parque das Nações e Belém. Tirando partido de publicidade posso dizer "Vá para fora cá dentro" e Lisboa sem dúvida é um óptimo destino.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Feliz Óscar

Comecei o ano com uma promessa que tinha feito a mim mesma há poucos meses atrás quando vi uma reportagem sobre Moçambique... Apadrinhar uma criança. Após uma pesquisa na internet e uma troca de mails com um homem que enaltece a grandeza humana, dei comigo com uma série de fotos e pequenas informações de algumas crianças. E como sempre, sempre que estamos a fazer algo bom que se enquadra no nosso caminho a escolha é demasiado óbvia e simples. Por algumas simples razões, a minha decisão não podia ter recaído sobre outra criança. Feliz Óscar é o nome dele... Não é surpreendente o nome? Feliz! Apesar das condições em que vive e da falta de oportunidades que a vida à partida não tem para lhe oferecer.
Foi um dia muito feliz para mim quando tomei esta decisão. Será egoísmo sentirmo-nos bem quando tentamos fazer algo pelos outros? De qualquer forma, e no que depender de mim, cá estarei para o ajudar, apesar dos continentes diferentes, dos desejos, das culturas...
Ironicamente quando vejo fotografias dele, parece-me bem... parece-me feliz em toda a sua simplicidade... é admirável...
Quando o que fazemos no dia a dia numa sala de aula parece insuficiente, isto enche enche a alma.
Para ele só desejo uma coisa... que seja, ou tente ser, ou que faça por ser.... como o seu nome... Feliz.
De pele escura e olhos negros e penetrantes... e é sempre com ternura que olho para ele...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Reflexão 2010

O ano terminou, e gosto sempre de parar um pouco para perceber o que me aconteceu este ano. A primeira sensação é de tremenda alegria, não tenho o menor embaraço e dizer que sou feliz com um sorriso estampado no rosto. Não me consigo recordar de um único mau momento durante o decorrer de todo o ano. Se os tive? Concerteza que sim, mas os bons momentos assombram e deterioram em pequenos estilhaços as más recordações. Quando, há cerca de uma ano atrás iniciei o ano de 2010, um pouco em baixo admito, por pensar que estava a chegar aos 30 anos e tinha a sensação que não tinha feito nada de útil, e que parte da vida me passava ao lado. Decidi então levar muito a sério uma resolução de ano novo... Viajar!
Passados 365 dias, depois de começar... o que custa sempre é começar... consegui. Viajei imenso, saí de Portugal para conhecer fantásticas cidades em 10 países, fui incontáveis vezes a Madrid, vi locais maravilhosos, conheci ao longo das viagens pessoas fascinantes, encantei-me... Espanha, Itália, Polónia, República Checa, Eslováquia, Áustria, Hungria, Irlanda, Inglaterra, e até um pezinho na Suécia...
Entre exposições e concertos andei de lés a lés... de Serralves, ao Vila Flôr para ver Tindersticks, Deolinda, At Freddy´s House e Noiserv. Até fui a Coimbra ver os U2, mesmo não sendo a maior fã. Uma viagem a Santiago foi justificada por querer ver Arcade Fire. Uma das minhas melhores amigas casou, outra engravidou e outra anunciou casamento... Fui de uma escola plantada numa colina do rio Douro no litoral, para outra encostada na parte sul do Tejo no interior no país. E pelo meio... uma surpresa e descoberta que tornou tudo isto muito mais fascinante... um bonito mundo novo nascido de uma palavra... Guebah.
Se existem muitos anos assim na vida de uma pessoa? Não, não existem... Mas por poucos que sejam, valem por anos menos bons. A partir de agora a palavra não é conquistar, é melhorar...
Foi, sem dúvida alguma, o melhor ano da minha vida... o ano em que atingi os 30 anos de idade.
Em 3 minutos e meio, as imagens aliadas à musica que mais ouvi este ano "Boy lilikoi" de Jonsi.
Use your life, the world goes and flutters by