domingo, 31 de maio de 2009

Momentos meus #3

O silencio tocou em pedra fria... nasceu assim num rasgo de leveza, um eterno momento...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Momentos meus #2


O dia da redenção... leveza, sentimento quente...
Para me recordar a nunca ter nada como garantido... a agradecer um recomeço... e viver...

"Não se mede um homem pelas mil coisas boas que ele faz ...
esse homem é definido pelo erro que faz e a capacidade que ele tem de lidar com ele ..."

(...) tudo vale a pena, quando a alma não é pequena (...)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Masquerade

Filme da tese de Aziz K. para a Academia das Artes. Filme genuíno na sua simplicidade e que transmite tão bem o sentimento de "falsidade" que todos nós transportamos diariamente... Música linda dos suecos Ghinzu "Jet Sex".


Masquerade from Aziz K. on Vimeo.

domingo, 24 de maio de 2009

Pedras no Caminho

Pedras no Caminho
(Fernando Pessoa)

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo... "

sábado, 23 de maio de 2009

MGMT

Porque tristezas não pagam dívidas, ficamos aqui hoje com uma música que apesar de extremamente comercial faz-nos sentir um pequeno rasgo de alegria sempre que passa na rádio. E já que o Verão está aí à porta, esta é uma boa opção para ouvir com os amigos...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Solitude

Today is a sad day... have nothing more to say... Deixo com António Pinto "Conscience"

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Estás aqui para ser feliz

Palavras sábias...

(...) sou um sortudo, por ter nascido, por poder abraçar a minha mulher, por ter conhecido os meus amigos (...)
(...) mas no fim só vais recordar as coisas boas... não percas tempo com parvoíces, e vai à procura daquele que te faz feliz. Porque o tempo passa muito depressa (...)
A vida é demasiado curta. Estás aqui para ser feliz...

Noah and the Whale

Noah and the whale, banda britânica formada em 2006, que em 2008 lançaram o primeiro album "Peaceful, The World Lays Me Down". O album é muito bom, e a musica que aqui deixo, é daquelas que quando reparamos estamos a bater com o pé no chão no mesmo ritmo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Billy Elliot

"Billy Elliot", filme de 2000 de Stephen Daldry.
Esta é uma daquelas películas imperdíveis que vi faz já uns bons anos e nunca me saiu da memória. Uma fotografia fantástica, óptimos desempenhos e um arrepio do início ao final da metragem...

Sofia´s People

Philip Bloom pega apenas na sua câmara e filma pessoas. O resultado é uma fotografia impressionante, mas acima de tudo o que se vê é única e simplesmente... verdadeiras pessoas. Amazing...

sábado, 16 de maio de 2009

Sigur Rós

Directamente da Islândia, eis uma música e um vídeo maravilhoso retirado de "Heima". Deixo assim Samskeyti.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

The Waking Artist

"The Waking Artist" é uma curta metragem ao estilo de "poema negro" de Jacob Mendel. Segue a jornada de um artista cinematográfico que se recusa a adormecer. É uma história de isolamento e alienação do artista moderno. Mostra a ironia , ascetismo, sonhos e pensamentos transcendentes através da excelência do artista, simbolizando a desolação e a privação de um homem que é incapaz de sentir ou mostrar exuberância.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sean Riley

Shame on me... Ainda nenhuma referência a musica nacional. Corrijo assim este meu erro ao adicionar uma banda que me encantou desde o início, e que agora lembrei de partilhar. Rendo-me completamente ao folk/rock, e é óptimo saber que deste país plantado à beira mar saem albúns deliciosos. Deixo então uma amostra do albúm de 2007 "Farewell" de Sean Riley & The Slowriders.

Elogio ao Amor

Um texto mais do que conhecido e reconhecido. De qualquer forma, deixo-o aqui por acreditar verdadeiramente nas palavras deste caro senhor. Faço minhas as suas palavras e aplaudo...

Elogio ao Amor (Miguel Esteves Cardoso in Expresso)

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que segue pode ser, por isso incompreensível.

A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro.

Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão.

Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas, da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.

O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo, de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?

Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria,maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes.

Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina.

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.

O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão ébonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.
Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.

Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Metade

Pura essência com notas...

Porque metade de mim é o que eu grito, e a outra metade é silêncio...
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade...
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo...
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, mas a outra metade não sei...
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço...
Porque metade de mim é plateia, a outra metade é canção...
Porque metade de mim é amor, e a outra metade também...

Que o teu silêncio me fale cada vez mais...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Morre Lentamente

Que poderei dizer deste belíssimo e tão simples texto... Muitos anseios humanos estão escondidos atrás destas palavras... Um desejo para que não morramos lentamente, mas sim que vivamos intensamente...


Morre lentamente (Pablo Neruda)
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante…
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.

terça-feira, 5 de maio de 2009

See the world

"sorry i cαn't heαr you over the sound of how αwesome i αm"
- 'old fashion girl'