quinta-feira, 14 de junho de 2012

Primavera Sound

Um dos mais esperados festivais... O Primavera Sound. Pulseira laranja no pulso que me garantia a entrada para os 4 dias, presente fantástico de Natal vindo diretamente da Suiça.
Começou na quinta, com uma ameaça de chuva. Eram 19 horas e estava eu a entrar no recinto, pronta para o que viria a ser o melhor festival que assisti até hoje. Ambiente tipicamente europeu, onde a língua portuguesa se misturava com os mais variados idiomas e a média de idades, felizmente se situava à volta dos trintas. Por várias vezes senti-me num país algures, fora de Portugal. A chuva lá acabou por aparecer no Sábado, dia em que devido ao jogo da seleção nacional, só fui para o recinto por volta das 22h, coincidindo com a paragem da chuva.

Concertos vistos: Atlas Song, sentadinha na relva; o meu querido Yann Tiersen, sentada na mantinha ao por do sol; The Drums, banda da qual não sou grande fã e aproveitei para ir jantar alguma coisa, Suede, Mercury Rev, bandas também das quais não sou grande fã e estive deitada na relva a descansar um pouco, e a fechar o primeiro dia, uma boa supresa, os The Rapture.

Sexta comecei com um bom concerto no palco quatro, os Other Lives. No final, um saltinho a Yo La Tengo e The War on Drugs que também gostei destes ultimos. Mais uma vez, mantinha na relva e por do sol a ver desta vez Rufus Wainwright. Depois, mais um saltinho a Flaming Lips e Codeine, que acabei por trocar por Black Lips. Depois, Wilco e Neon Indian, palco este do qual já não arredei à espera dos incomparáveis Beach House. Saída deste palco para o palco Optimus para acabar a noite em grande com M83.

Sábado, já com as baterias a meio, começo por dar uma volta pelo recinto para ouvir The weeknd e Lee Renaldo, para pouco depois montar barraca à espera dos Kings Of Convenience. Depois, Saint Etienne, e dez minutos depois troquei-os por Washed Out com ambiente bem animado. Acabar com uma desilusão que foram os The XX. A banda não esteve à altura do publico presente, com um album tão bom como o deles, têm obrigação de dar mais energia ao vivo. Não pagaria para ver um concerto deles.

Domingo, ultimos cartuchos para o Hard Club. Nada como uma francesinha na ribeira e depois ouvir um concerto. Infelizmente, You can´t win Charlie Brown e Veronica Falls estava lotado, e só restou Julie & the carjackers. Findo isto, despedi-me de um fantástico festival.

Melhores momentos: Como grande fã de Yann Tiersen, adorei o concerto. Beach House, por também ser uma grande admiradora, e pelo bom concerto que deram. M83, pela energia contagiante. Kings of Convenience, pela descontração e boa disposição, assim como pelo ambiente acolhedor que conseguiram criar mesmo estando a tocar para uma imensidão. Incrivel como aqueles dois com duas violas em palco conseguem contagiar 20 mil pessoal, ao ponto de se levantarem e começarem aos saltos. Por outro lado, por duas vezes quase me vieram as lágrimas aos olhos, a primeira foi quando dedicaram uma musica a quem está numa grande metrópole fora de Portugal (a razão é mais que óbvia), e a segunda ocorreu aquando de um sussurro de uma mensagem antiga de título Guebah. Outra razão para ter sido um festival inesquecivel foi a excelente companhia destes dias, desde o Pedro, Tania, Leninha, Luís, Joana, a comitiva estrangeira, Lola e Jude, até ao pessoal que ía variando conforme o dia.

Geralmente, quando se vai a festivais, recebe-se porta chaves, bonés e coisas do género. Raramente trago estes objectos, pois sei que o destino final é lixo, por isso, mais vale nem pegar.  Tanto a mantinha/saco como o impermeável distribuídos são práticos, bonitos e já estão guardados à espera de um uso futuro.

Imperdoável: não haver café no recinto, colocarem Beach House no palco mais pequeno e os M83 tocarem menos de uma hora.

Concluindo: foi óptimo, correu muito bem e é de repetir. E para o ano, se possível, é para lá estar novamente.



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