sexta-feira, 15 de março de 2013

Festival para gente sentada

8 de Março, Cine Teatro António Lamoso. Companhia, Guida ao lado, Tânia e Leninha na fila atrás.
9h em ponto e começa com o primeiro concerto de Little Friend. O nervosismo por ser concerto de estreia era evidente, mas a surpresa foi boa. Bom som, destacando-se a bateria. Prevejo um bom futuro para esta banda.
emmy Curl, que apesar de conhecer algumas musicas, fiquei pasma ao perceber que eram de Portugal, mais propriamente de uma cidade que me é muito querida, Vila Real. Um cenário estonteante, com um gigantesco candeeiro pendurado no tecto, uma indumentária a lembrar Pierrot e uma voz incrivelmente bela. Três pessoas em palco, umas peripécias pelo meio quando falhou o computador, e a dança do chico que entreteu enquanto se esperava o reiniciar o computador. O nervosismo de emmy era evidente, mas a partir do momento em que começava a cantar parecia que eu entrava num estado de transe. Começando com musicas bastante calmas, acabou em grande com um cheirinho de electrónica que encaixou bem no meu ouvido. O auge do concerto foi um belo cover de "Maio maduro Maio" do grande Zeca Afonso. Foi um arrepio na espinha do inicio ao fim. Já vi muitos concertos de portugueses, e arrisco-me a dizer que foi o que gostei mais. Só posso desejar a maior sorte a esta banda, porque talento é coisa que não falta.
Mélanie Pain, ex integrante dos Nouvelle Vague, pisou o palco num mini vestido que foi o mote para o resto do concerto, especialmente em "Just girls" dedicada às raparigas de mini saia e saltos altos. A influência da antiga banda era visível, parecendo mesmo que em algumas musicas estávamos a ouvir Nouvelle Vague. Para mim, e numa opinião muito pessoal não gostei. Desde o primeiro acorde que não me conquistou, nem a musica nem a própria actuação em palco. O unico momento que achei agradável foi aquando do cover "Boys and girls" dos Blur.
Já após a meia noite, altura do rei na noite subir a palco. Patrick Watson que imaginava uma personalidade introspectiva e mente atormentada, era afinal uma pessoa extremamente descontraída e divertida contrastando com o tipo de musica que compõe. Palco com pequena luzes, piano a um canto e som de embalar e enterrar o corpo na cadeira. Se as musicas eram deprimentes, as conversas eram bastante animadas, especialmente o riso dele que não me sai da cabeça por ser o mais esgraçado que ouvi até hoje. Bom, muito bom concerto, aliás, menos não esperava.

Depois de em 2007 ter visto Sparklehorse e Ed Harcourt (pena Emiliana Torrini ter cancelado no dia), foi bom voltar 6 anos depois...

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