Súbita sensação de realização ou compreensão da essência de algo. Pensamento inspirado e iluminante que parece ser divino. Ficam aqui as minhas epifanias...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Paris
Já fui ao outro lado do mundo, mas ainda não tinha visitado Londres nem Paris. Londres fica para uma próxima, mas Paris já consta no meu mapa.
Este convite surgiu de uma grande amiga e passado uma semana estava de malas prontas. Viajar em Dezembro dá-me sempre uma sensação de aconchegamento, primeiro porque está frio e depois porque as cidades já têm as decorações natalícias. Adoro o natal, e quando estou em viagem pareço uma autentica criança.
Não deu para ver tudo porque os dias não eram muitos, mas deu para ficar encantada. Sem duvida nenhuma uma cidade à qual quero regressar.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Berna
Pois bem, depois de um dia bem passado em Annecy, desta vez o rumo foi até à capital Helvética - Berna.
Se há coisa que não me canso é de ver as paisagens incríveis da Suiça, parece realmente um quadro para todo o lado que se olhe.
Berna não é a típica capital a que estamos habituados a ver, mais parece uma pequena cidade a quem foi emprestado o título de capital. No entanto, este ar de pequena cidade dá-lhe um encanto como poucas capitais o têm. A cidade é linda e o centro histórico arrebatador. Não são muitas ruas, mas são largas. Por aqui já não é só a língua que nos faz lembrar origens alemãs, o vibrar da cidade já lembra bastante o país vizinho do norte.
Etiquetas:
Traveling
Local:
Berna, Confederação Suíça
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Annecy
Início de Outubro e uma pequena viagem até Geneve para visitar uma pessoa muito querida. Como esta cidade já estava mais que vista (quase... ainda me falta o CERN), desta vez foi dedicado um dia a uma pequena cidade francesa a poucos quilómetros, Annecy. A cidade é um pequeno encanto encravada entre lago e montanha. Desde que cheguei fiquei apaixonada por uma pequeno pormenor que adoro... era dia de feira de produtos alimentares... lindo... queijo e mais queijo, alguns enchidos, verduras coloridas, tudo aquilo que uma pessoa imagina. Pequenas bancas espanhadas em ruelas a lembrar uma feira medieval. O almoço foi numa agradável esplanada beira rio na parte antiga da cidade. Umas horinhas antes do regresso, ainda deu tempo para visitar a margem do largo e quase dormir uma soneca. Apenas uma nota para não me esquecer... estava uma bicicleta nova no fundo do rio atirada de uma pequena ponte...
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
DCode Fest
Fecho oficial das férias 2012. Começar com uma festival no Porto (Primavera Sound) a ouvir entre outras bandas Kings of Convenience, e acabar num festival em Madrid a ouvir a mesma banda. Das quatro bandas que me puxaram a ir ao festival, Sigur Rós era sem duvida nenhuma a prioridade. Além destes ainda vi dEUS, Kings of Convenience e Justice. Bem, Kings of Convenience, mais uma vez foi para ver e ouvir sentada na relva, dEUS não gostei, Sigur Rós foi um tormento... umas das minhas bandas de eleição, e vi no meio de espanhóis bêbados que não se calaram durante todo o concerto. Irreitei-me, lameitei-me e finalmente aceitei que tinha de ver naquelas condições. Justice foi bom para acabar a noite.
Mas a grande surpresa veio mesmo à saída do festival, quando reparei numa figura alta e loira a segurar um papel onde dizia "t-shit 20€". Nem mais nem menos que um dos mentores de Kings of Convenience. Umas palavras e finalmente um abraço pedido por ele. Nem acreditei quando ele se virou para mim com um simpático sorriso na cara e disso "can I give you a hug?". Bem, brutal e inesquecível!
Etiquetas:
Alive
Local:
Madri, Reino da Espanha
Mallorca
Depois de uma grande viagem até ao sudeste asiático e antes que as férias acabem vamos lá aproveitar os últimos raios de sol deste verão. O destino foi fácil de encontrar, depois dos ver os preços absurdos dos hóteis em Amsterdam, a decisão caiu para o mais barato... ilha de Mallorca. Começa a ser uma tradição passar o aniversário do Pedro ou no estrangeiro ou com a Leninha (também no estrangeiro), desta vez foi pura coincidência.
Chegar à ilha de manhã bem cedo, levantar o carro alugado, um Ford Fiesta e pousar as malas no hotel que ficava no lado oposto de Palma, em Alcúdia. O aluguer do carro é obrigatório na ilha por 2 razões: Não é assim tão caro quanro isso e permite percorrer toda a ilha e o máximo de praias.
Com algumas praias visitadas, com um sol fantástico durante 4 dias e uma água azul transparente e quente, este destino, apesar de não ter sido a primeira opção tornou-se numas mini ferias bastante agradáveis. Sábado, dia 8, lá fomos ter com a Leninha e Tânia para jantar e festejar o aniversário do Pedro e da Leninha.
Conclusão: Mallorca tem do melhor e do pior... resorts e mais resorts, praias apinhadas de ingleses e alemães, mas se pegar num carro e estiver disposto à aventura encontra-se umas praias maravilhosas.
domingo, 16 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Polovtsian Dance
Estava eu no ano passado a tomar um café turco em Istambul numa simpática e típica esplanada, quando passou esta musica. Ficou-me gravada porque me trouxe uma das sensações que mais gosto, a de me sentir longe. Hoje, por mero acaso, enquanto procurava musica clássica, dei de caras com ela.
Cá vai então, Polovtsian dance, da ópera Prince Igor de Alexander Borodin, aqui pela voz de Evgenya Sotnikova.
Cá vai então, Polovtsian dance, da ópera Prince Igor de Alexander Borodin, aqui pela voz de Evgenya Sotnikova.
sábado, 25 de agosto de 2012
Agosto dos emigrantes
Depois de dois convites, decidi aceitar o desafio, assim cá vai meu primeiro artigo para um conceituado blog fafense.
Permitam-me que comece por explicar que, independentemente do número de textos que aqui forem publicados em meu nome, farei questão de
enaltecer as qualidades desta bela cidade que considero como o meu lar. Mais do
que o local onde habito, mais do que o local onde nasci, é verdadeiramente o
meu lar. Para questões políticas ou de problemas que eventualmente surjam na
cidade, entendo que existem pessoas bem mais informadas do que eu, e deixo
então essas crónicas aos competentes da matéria.
Agosto, se para muitos é apenas sinónimo de férias, para
todos os fafenses também representa emigrantes.
Para muitos implica uma maior confusão nas estradas, nos supermercados,
nas ruas e o caos total nas feiras semanais.
Principalmente a língua francesa faz competição com a língua de Camões
nos passeios, a cidade ganha movimento como só este mês conhece, os cafés ficam
lotados, a vida noturna agitada e em todo este cenário os comerciantes e
empresários ficam agradecidos.
Há no entanto o outro lado, a genuína faceta de quem parte
para terras longínquas e regressa durante umas semanas ao local que chamam “a
terra”. Sim, porque passam anos a viver em países distantes, criam famílias e
grupos de amigos, mas para todos, esta é a terra onde o coração diz que
pertencem.
Atravessamos um período a que chamam de “novos emigrantes”,
jovens bem formados que procuram uma qualidade de vida e reconhecimento que
infelizmente o nosso país não proporciona, mas não é destes que falo. Falo sim,
da geração que partiu em décadas passadas e que se concentra essencialmente em
França e Suíça, onde lá mesmo criaram comunidades portuguesas para enganar as
saudades. Estes emigrantes, que enchem a mala do carro de sacos e bagagens, que
atravessam países atolados num carro, que passam dias, semanas ou meses a
contar os dias para regressarem a Fafe . Regressar a Fafe... regressar à casa
que conta muitas vezes toda a história de uma infância longínqua, abraçar saudosamente a família que por cá
fica, sentar pela primeira vez na mesa para ser servido um jantar especialmente
feito para quem chega de uma longa viagem, ir à igreja da aldeia e ouvir uma
missa na língua materna, entrar no café e rever as caras conhecidas e pedir o
primeiro café. Isto é a maior compensação que um emigrante pode ter, isto é o verdadeiro
regresso.
O tempo passa a voar para quem tem os dias contados e
depressa começa a aproximar-se o dia da partida. O transito na cidade começa a
regressar ao fluxo normal, o número de pessoas das ruas diminui e a cidade
começa a perder a energia que a acompanhou nas últimas semanas. Despedem-se com
um “até para o ano” e a cidade responde “assim será, cá ficarei à espera”.
Hoje, ao fazer a autoestrada de Fafe para o interior do
país, foi notória a quantidade de automóveis com matrículas francesas pelas
quais passei, e não consegui deixar de imaginar a tristeza com que muitas
dessas pessoas regressam ao país onde trabalham. Perdão, elas não regressam a
esses países, elas vão para esses países, porque o verdadeiro regressar,
regressam ao nosso, e regressam a Fafe, à terra...
A todos que irão embarcar em milhares de quilómetros pelo
asfalto, só posso desejar o seguinte: Façam boa viagem.
Clara Magalhães
PS: Apesar de viver em Fafe, por vários motivos ausento-me
da cidade por períodos de tempo significativos, embora nada comparável a estes
emigrantes. Ainda assim, não consigo de
esboçar um sincero sorriso quando chego à minha terra, seja quando venho na
estrada que liga a Guimarães e avisto o monte de Santo Ovídio tão familiar ao
meu ser, seja quando regresso pela autoestrada e vejo a sinalização a indicar
“Fafe”. Se me comovem estes pequenos regressos, a um emigrante deve ser uma
sensação colossal. Dito isto, fica aqui o meu sincero agradecimento por
voltarem todos os anos, mas acima de tudo, pela coragem de quando partem.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Quote from Da Vinci
Uma frase do meu génio e visionário de eleição. Compreendo toda a plenitude da frase e assino por baixo. Há quem goste de andar pelas montanhas, praias ou pelos campos, quem goste de nadar... Eu? Eu gosto de tudo isso... mas adoro voar...
"When once you have tasted flight, you will forever walk the earth with your eyes turned skyward, for there you have been, and there you will always long to return."
Da Vinci
"When once you have tasted flight, you will forever walk the earth with your eyes turned skyward, for there you have been, and there you will always long to return."
Da Vinci
Best of Bjork
Se a primeira vez, faz alguns anos, ao ouvir a primeira musica da Bjork aquilo me soou a sons confusos e desconectados, hoje, com um ouvido bem mais apurado, considero esta cantora e compositora como um dos grandes nomes da musica actual.
Se gosto de todas as musicas dela? Não, não gosto. Mas das que gosto, já ouvi vezes sem fim e nunca me cansei. Portanto, e como gostos não se discutem, cá vai o meu top da cantora islandesa. Eis as musicas que sempre me causam calafrios...
E para terminar... os primórdios desta deusa...
Se gosto de todas as musicas dela? Não, não gosto. Mas das que gosto, já ouvi vezes sem fim e nunca me cansei. Portanto, e como gostos não se discutem, cá vai o meu top da cantora islandesa. Eis as musicas que sempre me causam calafrios...
E para terminar... os primórdios desta deusa...
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
O regresso ao Ocidente
Meio dia em ponto e entrávamos no primeiro barco que nos levaria do resort até ao porto da ilha. Passado uma hora, mais um barco até Phuket. Depois, um taxi até à praia desta ilha para almoçar. A seguir, mais um taxi até ao aeroporto. Viagem pela Bangkok airways até Bangkok. Duas horas de escala e mais um voo de 6 horas até ao Dubai. A parte boa desta voo foi ter viajado no gigantesco Air Bus 380, o maior avião comercial do mundo. Chegados ao Dubai, mais 3 horas de escala, e eis que um grande acontecimento nos faz rasgar dois sorrisos. Ao embarcar, fomos postos em business class... Meu Deus, o ultimo voo, no qual já estávamos esgotados de andar em viagem à 24h, e em vez de 2 lugares no meio da fila e em económica, passamos para 2 lugares à janela em business. A viagem é incomparável. Poltronas em vez dos típicos assentos, com capacidade de se tranaformar em cama. O requinte e serviço é incomparável ao da classe económica. Quase que restabeleci as minhas energias naquele voo, ao invés de virem para red line.
Chegados a Madrid, apanhar um autocarro, depois outro e eis que finalmente pouso os sacos e vou directa à piscina... Tinha chegado da maior viagem que tinha feito.
Quem embarca numa viagem ao sudeste asiático, vem com a cabeça cheia de imagens maravilhosas. Vi alguns dos locais mais belos do planeta, dos mais caóticos, experimentei comidas que ainda hoje não sei o que era aquilo, aprendi a comer de pauzinhos, convivi com baratas, morcegos, caranguejos e morcegos, fui mordida por peixes, nadei em águas transparentes e quentes, enfim, um sem fim de memórias. Mas de todas estas novas experiências, penso que a mais marcante para qualquer viajante são as pessoas. De uma simplicidade arrepiante com um sorriso fácil e genuíno sempre estampado na cara, apesar de muitas vezes viverem em extrema pobreza. Isto levou-me a pensar no rumo que segue a Humanidade. Evoluir tecnologicamente, criar cidadãos activos e responsáveis e mais uma data de coisas tais, e pergunto-me, no meio de tanta evolução, onde ficou esta humildade e este sorriso que dificilmente se encontram nos países considerados desenvolvidos. Pois, não sei. Mas por várias vezes me senti envergonhada por ser europeia quando via atitudes despropositadas de europeus para com os asiáticos. Eles são realmente um povo extraordinário, e sem duvida alguma, foi a maior riqueza que trouxe de lá.
Koh Phi Phi
Último destino desta maratona: uma merecida semana numa praia perdida numa pequena ilha da Tailãndia: Koh Phi Phi Don.
Esta ilha foi escolhida com todo o cuidado necessário de quem procurou um lugar calmo e ao mesmo tempo paradisíaco. Se no plano inicial estava Koh Tao ou Koh Yao Noi, à ultima da hora decidimos por Koh Phi Phi, e foi uma decisão que em nada ficámos a perder. Para chegar ao hotel, implicou uma viagem de avião até á ilha de Phuket, atravessar a ilha toda de taxi, apanhar um barco para uma viagem de hora e meia, e depois de chegar ás Phi Phi ainda apanhar outro barco para o Hotel. Quando cheguei á ilha, o primeiro impacto é a cor da água, um verde transparente como nunca tinha visto. Seguidamente, olho em volta e reparo que são poucos os edificios em cimentos e que não existem estradas nem carros. Se via isto na vila, não imaginava o local do hotel. Pela viagem de barco, atravessámos metade da ilha e não conseguia parar de me surpreender com as paisagens e praias. Até que avistei uma pequena rodeada de árvores pela qual fiquei encantada, até reparar que o barco virava nessa direcção, era o nosso resort. Aquilo que os tailandeses das ilhas chamam de resort, não passam de pequenas cabanas perto da água, contruídas em madeira e bambu com o mínimo essencial. Mas era mesmo isto que eu andava à procura... O resort de nome Relax Beach Resort, era um aglomerado de cabanas enfiadas no meio das árvores a poucos passos da praia. A recepção e todo o espaço comum eram construídos em madeira, dando um aspecto primitivo, mas ao mesmo tempo acolhedor a todo o espaço. Adorei cada minuto naquele sítio, sem TV, sem água quente e com a electricidade e internet muito limitado. O unico senão eram as baratas que apareciam à noite na cabana, que implicava uns minutos a pô-las para fora, e uma aranha gigantesca que fez questão de aparecer duas vezes, deixando na segunda um saco cheio de aranhas pequenas a vaguear pela casa de banho. A rotina neste local era maravilhsa... acordar cedo com o sol a entrar pela janela, percorrer 5 metros até à praia, tomar o primeiro banho, ir tomar o pequeno almoço, relaxar numa cadeira na praia ou numa rede de alguma árvore, ir almoçar, voltar para a praia, mais um banho, mais um tempo a fazer snorkeling, ler um livro, tomar outro banho, beber um cocktail, jantar, sentar numa cadeira na areia a ver as estrelas, ver o empregado do bar a fazer malabarismo, pegar na lanterna e percorrer a praia ou o jardim até à cabana, enxutar as baratas e dormir. Passei dias a fazer apenas isto e gozei cada segundo.
Apenas por duas vezes deixámos esta rotina, uma foi para fazer um tour pela ilha onde estávamos e por ilhas vizinhas e a outra para subir ao pointe view. No tour, a parte mais emplogante seria colocar os pés na famosa ilha Koh Phi Phi Leh, do filme "The beach", apelidada pelos locais como a ilha de Leonardo. Realmente, se esta baía é realmente fascinante, perde um pouco do encanto devido à poluição da praia e à quantidade de turistas, e aqui começam a ganhar terreno, duas outras baías de fazer parar o coração, Sama bay e Pi Leh bay. Antes de regressar, passámos ainda na Monkey beach e nas Mosquito e bambu islands. Um dia maravilhoso por paisagens grandiosas e passar imenso tempo na água a fazer snorkeling, nadando no meio de centenas de pequenos peixes coloridos que se moviam por cima dos corais. Foi, seguramente, um dos mais maravilhosos dias que vivi até hoje.
A segunda vez que saímos do dito resort, foi então para uma verdadeira e extenuante escalada até ao topo da ilha, ao que se chama o view point. A subida pelo tribo estreito no meio da selva não é fácil, mas a vista compensa.
Uma semana depois, chegou, com muito pesar meu, o dia de me despedir de todo aquele paraíso e rumar à realidade do Ocidente. Deixei com muita tristeza, todas aquelas pessoas, funcionárias do resort que já me pareciam caras familiares. A Tailândia ficou para trás, faltaria uma enorme viagem de regresso...
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