quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Koh Phi Phi

Último destino desta maratona: uma merecida semana numa praia perdida numa pequena ilha da Tailãndia: Koh Phi Phi Don. Esta ilha foi escolhida com todo o cuidado necessário de quem procurou um lugar calmo e ao mesmo tempo paradisíaco. Se no plano inicial estava Koh Tao ou Koh Yao Noi, à ultima da hora decidimos por Koh Phi Phi, e foi uma decisão que em nada ficámos a perder. Para chegar ao hotel, implicou uma viagem de avião até á ilha de Phuket, atravessar a ilha toda de taxi, apanhar um barco para uma viagem de hora e meia, e depois de chegar ás Phi Phi ainda apanhar outro barco para o Hotel. Quando cheguei á ilha, o primeiro impacto é a cor da água, um verde transparente como nunca tinha visto. Seguidamente, olho em volta e reparo que são poucos os edificios em cimentos e que não existem estradas nem carros. Se via isto na vila, não imaginava o local do hotel. Pela viagem de barco, atravessámos metade da ilha e não conseguia parar de me surpreender com as paisagens e praias. Até que avistei uma pequena rodeada de árvores pela qual fiquei encantada, até reparar que o barco virava nessa direcção, era o nosso resort. Aquilo que os tailandeses das ilhas chamam de resort, não passam de pequenas cabanas perto da água, contruídas em madeira e bambu com o mínimo essencial. Mas era mesmo isto que eu andava à procura... O resort de nome Relax Beach Resort, era um aglomerado de cabanas enfiadas no meio das árvores a poucos passos da praia. A recepção e todo o espaço comum eram construídos em madeira, dando um aspecto primitivo, mas ao mesmo tempo acolhedor a todo o espaço. Adorei cada minuto naquele sítio, sem TV, sem água quente e com a electricidade e internet muito limitado. O unico senão eram as baratas que apareciam à noite na cabana, que implicava uns minutos a pô-las para fora, e uma aranha gigantesca que fez questão de aparecer duas vezes, deixando na segunda um saco cheio de aranhas pequenas a vaguear pela casa de banho. A rotina neste local era maravilhsa... acordar cedo com o sol a entrar pela janela, percorrer 5 metros até à praia, tomar o primeiro banho, ir tomar o pequeno almoço, relaxar numa cadeira na praia ou numa rede de alguma árvore, ir almoçar, voltar para a praia, mais um banho, mais um tempo a fazer snorkeling, ler um livro, tomar outro banho, beber um cocktail, jantar, sentar numa cadeira na areia a ver as estrelas, ver o empregado do bar a fazer malabarismo, pegar na lanterna e percorrer a praia ou o jardim até à cabana, enxutar as baratas e dormir. Passei dias a fazer apenas isto e gozei cada segundo.
Apenas por duas vezes deixámos esta rotina, uma foi para fazer um tour pela ilha onde estávamos e por ilhas vizinhas e a outra para subir ao pointe view. No tour, a parte mais emplogante seria colocar os pés na famosa ilha Koh Phi Phi Leh, do filme "The beach", apelidada pelos locais como a ilha de Leonardo. Realmente, se esta baía é realmente fascinante, perde um pouco do encanto devido à poluição da praia e à quantidade de turistas, e aqui começam a ganhar terreno, duas outras baías de fazer parar o coração, Sama bay e Pi Leh bay. Antes de regressar, passámos ainda na Monkey beach e nas Mosquito e bambu islands. Um dia maravilhoso por paisagens grandiosas e passar imenso tempo na água a fazer snorkeling, nadando no meio de centenas de pequenos peixes coloridos que se moviam por cima dos corais. Foi, seguramente, um dos mais maravilhosos dias que vivi até hoje.
A segunda vez que saímos do dito resort, foi então para uma verdadeira e extenuante escalada até ao topo da ilha, ao que se chama o view point. A subida pelo tribo estreito no meio da selva não é fácil, mas a vista compensa.
Uma semana depois, chegou, com muito pesar meu, o dia de me despedir de todo aquele paraíso e rumar à realidade do Ocidente. Deixei com muita tristeza, todas aquelas pessoas, funcionárias do resort que já me pareciam caras familiares. A Tailândia ficou para trás, faltaria uma enorme viagem de regresso...

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