16 horas de viagem, mais 6 do fuso horário. Enfim, aterrei em Saigão às 17h locais. O primeiro impacto à saída do avião é a humidade no ar, e aguardar um minuto para o corpo se preparar para a atmosfera que me iria acompanhar durante as próximas semanas.
A primeira palavra que me vem à cabeça a pensar nesta cidade é: motas. É incrivel e inimaginavel para um europeu a quantidade de motas e motinhas que circulam naquelas estradas, tornando o transidto um absoluto caos. A primeira vez que se tenta atravessar uma estrada é uma verdadeira aventura, que com a experiencia se torna algo banal fazer tangentes a motas. Para além das motas, salta logo à vista a quantidade e confusão de cabos em todas as ruas. Os chapéus em bico estão por todo o lado.
Finalmente, estamos no Vietnam, um país comunista. Eles sabem e não escondem, em todo o lado são visiveis bandeiras comunistas e apelos.
Acho que o episódio mais curioso que vou guardar com muito carinho foi quando me sentei num banco num parque para descansar, e vi aproximarem-se um jovens com ar intimidado, até que uma rapariga me perguntou se podia falar comigo. Fiquei, no minimo intrigada e perguntei a coisa mais básica que me passou pela cabe "Porquê?". A resposta foi rápida e gagejada "Para poder treinar inglês". Com o passar da conversa, explicaram que são estudantes e como não têm dinheiro para viajar, praticam o seu inglês com turistas. Fiquei na conversa uns bons minutos até me despedir. Saí dali a pensar: mas alguma vez isto aconteceria na europa? A resposta é negativa.
Com a cidade já vista, é obrigatório... obrigatório... fazer um tour pelo Delta de Mekong. A viagem, apesar de ser apenas de 80 km, demora 4 horas a fazer pelas estradas e transito caótico do Vietnam, mas vale a pena. Não sou muito fã de tours, geralmente gosto de andar com a minha liberdade, mas certos locais ganha-se muito indo em tour, este é o caso. Depois da viagem de autocarro, vamos num barco ver o mercado flutuante, onde achei muito curioso que o que esteja à venda no barco é colocado um exemplar em cima de um pau para assim identificar. O almoço é feito numa ilha no meio do nada e depois do almoço até se pode dar uma voltinha de bibicleta. A ultima parte antes do regresso é uma viagem de barco tipico do delta remado por uma habitante local. De tudo o que vi, 2 coisas ficaram maravilhosamente marcadas. A primeira foi quando andei a todo o gás de bibileta naquelas estreitas estradas rodeadas por palmeiras, e a segunda, a cara, a pose e o olhar de uma vietnamita que à porta de sua casa estava a tentar vender impermeáveis num dia a raiar de sol. O seu sorriso maravilhoso deu-me voltade de lhe comprar tudo. Aquela cara irá para sempre ficar na minha memória com muito muito carinho.
Feito isto, aeroporto e rumo ao norte, Hanói...
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