Esta vai ser difícil, mas vou tentar... Neste período de tempo sem dar aqui notícias fui a vários concertos, o que será difícil de me lembrar de todos. Pelo menos os mais memoráveis ou recentes...
Sigur rós: Coliseu do Porto, há 1 ou 2 anos... Sigur rós, uma das minhas bandas de eleição que me fazem levitar com as suas musicas do divino.
The National: em Madrid dia 30 Outubro de 2014, esta data não me esqueço, foi o dia que deixei de trabalhar no call center... Grande concerto, com abertura de The Kooks.
Bob Dylan: Madrid em final de Junho ou início de Julho deste ano. Foi presente de aniversário do Pedro. O pobre Bob é uma sombra da força criativa que foi. Há que dar valor pois com a sua idade avançada deu um concerto de 2h, mas não é nem de perto nem de longe o melhor concerto qye vi.
Divine Comedy: Madrid em Julho. Grande, grande, grande... Pelo tremendo concerto que dão, pela naturalidade, pelo espaço envolvente (ao ar livre num jardim) e pelo público, coloco este concerto sem duvida no meu top3.
Súbita sensação de realização ou compreensão da essência de algo. Pensamento inspirado e iluminante que parece ser divino. Ficam aqui as minhas epifanias...
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Adeus Portugal
Portugal é o meu lar...
Com um futuro incerto em Portugal e com o Pedro em Madrid, era já tempo de tomar uma decisão... Arriscar, começar do zero uma carreira profissional.
A escolha de Madrid era óbvia e simples, não se compara a chegar sozinha a um país sem conhecer ninguém e procurar emprego.
Bastaram 2 meses a enviar CV para Madrid para ser chamada a uma entrevista. Nem de perto nem de longe era um emprego de sonho, mas era algo... era um trabalho e era um começo. Além disso, não era exigido espanhol e era a oportunidade de conseguir os documentos para ser residente em Espanha. Contactada numa terça em meados de Junho, quarta estava no carro com mala cheia de roupa (no caso de conseguir o emprego...) e quinta na entrevista. Correu bem, se bem que para trabalhar em chat num call center não seja necessário um doutoramento. E assim foi, na semana seguinte começo a trabalhar num emprego que detestei, mas que me pagava as contas ao final do mês e que permitiu conhecer pessoas que ainda hoje saio para beber uma cerveja. Até final de Outubro, basicamente madrugava e lá ía eu de metro 1h até chegar ao emprego... Entretanto fiquei sem emprego, mas a verdade é que já estava pelos cabelos daquilo...
Recomeçar... enviar CV, agora talvez um pouco mais fácil por já ter todos os documentos espanhóis.
Um mês depois sou contactada para ir a uma entrevista. 300 pessoas para uma vaga de marketing numa empresa de biotecnologia. Lá vou eu, tranquila da vida sem saber muito bem o que me esperava e sem saber sequer se a empresa era decente ou não, uma vez que na oferta não tinha o nome. Entrando no hall, percebe-se de imediato que isto está a anos luz de um call center. Primeira entrevista check, segunda entrevista check, testes check... finalmente, ultima entrevista check. Confesso que conforme ía avançando e conhecendo melhor a empresa, por vários momentos duvidei que conseguisse. Isto por várias razões. A primeira é que seria um emprego a sério, coisa que com 34 anos e depois de nunca ter conseguido trabalhar mais de 12 meses seguidos se começa a duvidar da sorte. A segunda é que era muita gente a concorrer, e de certeza tão ou mais competentes que eu, só me restava uma coisa... esperar que gostassem de mim, não pelo experiência (que em marketing era zero), não pela competência, mas sim pela pessoa que sou... Numa sexta feira... JACKPOT... Recebo um telefonema a dizer que começava a trabalhar na semana seguinte, nem mais nem menos 22 de Dezembro...
Entretanto passaram 8 meses, e se há pequenas coisas que não gosto, no geral posso dizer que sou uma grande sortuda pelo emprego e companheiros que tenho, além da estabilidade profissional que tudo indica que terei, coisa que até agora nem sonhara. Aos 34 anos, soube pela primeira vez na minha vida o que é estar nos quadros...
Entretanto, com esta estabilidade, assim como a do Pedro, era altura de procurarmos uma casinha para nós... Conseguimos uma muito catita com 2 quartos, mais que suficiente para nós. Se a piscina era obrigatória, o ginásio no condomínio foi um bónus.
Ressuscitando o blog
Quase 2 anos depois decidi recuperar este meu pequeno espaço. Isto porque ocorreram acontecimentos bastante interessantes na minha vida que posteriormente, daqui a uns bons tempos, sei que irei gostar de ler e relembrar algumas coisas que sem estarem escritas, o mais provável é que ficariam no esquecimento.
Na última publicação tinha 33 anos, era uma professora desempregada a viver em Fafe, à espera todas as semanas por uma colocação em escolas que nunca chegou. Conhecia grande parte da Europa e tinha na bagagem 2 viagens à Ásia. Namorava com o Pedro, o que implicava bastantes viagens a Madrid. Por Fafe, ía tomar um café no final de almoço e jantar ao Jovs, onde se davam duas de treta, lia-se o jornal e pouco mais. Em casa, o tempo era passado em frente ao computador a procurar emprego, enviar CV com pouca esperança de serem abertos e ver umas séries.
Hoje, 25 de Agosto de 2015, com 35 anos cumpridos recentementes as coisas são bastante diferentes. Tal como muita gente abandonei o país. Vivo com o Pedro numa casa muita catita em Madrid. Troquei o ensino de Portugal por marketing em Espanha. As viagens de fim de semana são agora feitas a Fafe. E finalmente na bagagem, adicionei um continente que muita ansiava... África.
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