Porque hoje é dia da Mulher... e como merecemos nós este dia...
"WE SHALL FIGHT UNTIL WE WIN"
"WE SHALL FIGHT UNTIL WE WIN"
Porque as gaivotas também choram
Quando o mar agitado as ignora
Porque rompemos as sombras
Quando a luz nos transforma.
Porque nos deitamos na areia
Das praias do nosso orgulho
Porque somos fonte de vida
Quando geramos os nossos filhos!
Porque os rios também morrem
Quando a seca os devoraPorque nos completamos
Num prolongamento de nós…
Porque o céu enlouquece
Quando as nuvens se atropelam
Porque somos canoas flutuantes
À espreita das madrugadas.
Porque o nosso corpo floresce
Na feminilidade premente do sentir…
Porque reconstruimos os sonhos
Quando vemos o mundo ruir…!
Vóny Ferreira
É um verso lindíssimo… Paleolítico e Neolítico, em que a mulher era equiparada à Terra… Ambas Mães! Assim como da mulher nasciam os filhos, da Terra germinava a vida. Será possivelmente essa a justificação para a aparição no período do Paleolítico e Neolítico de imensas estatuetas femininas que consagravam a mulher como símbolo de fertilidade.
ResponderEliminarContudo sou suspeito para falar do dia da mulher...
Hmmm... História?
ResponderEliminarE suspeito porquê?
História… porque não?
ResponderEliminarSuspeito…por duas razões:
1. Porque sinto-me excluído… Porque não existe um dia do homem!!! Era justo que houvesse… pois já atingimos o estatuto de minoria excluída…
2. Uma outra razão que me recuso a escrever!
E favor não me peças para explicar nenhuma das duas razoes!
Quelarinha e seus leitores, já agora deixem-me mostra-vos o melhor poema dedicado às mulheres. Obviamente que todos o conhecem, pois é um hino:
ResponderEliminarCalçada de Carriche
Luísa sobe, sobe a calçada,
sobe e não pode que vai cansada.
Sobe, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa. Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa. Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa, larga que larga,
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa, larga que larga,
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada,
Anda, Luísa, Luísa, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada.
António Gedeão
Perguntei história, se também tu serias professor.
ResponderEliminarE claro, não pedirei explicações... nem tenho de as pedir.
Ola António, sem dúvida alguma esse é um hino à mulher... à mulher portuguesa.
ResponderEliminarSe não estou em erro, tomei conhecimento ainda muito nova através da Odete Santos num programa de televisão. Apesar da minha tenra idade para perceber o conceito de mulher, jamais me esqueci da forma apaixonante como ela o ditava.
Professor… que achas?
ResponderEliminarContudo não sou professor, já pensei nisso, mas o meu percurso profissional nunca se proporcionou, talvez um dia… por agora, estou apenas “tentar” finalizar a minha tese em história contemporânea que diga-se de passagem é uma das minhas paixões, mas contudo curiosamente sou licenciado em Geografia. Não se notam os tiques de geógrafo… sempre com a mania que conseguem abranger todas as áreas do saber.
Quanto às explicações, não as quis dar, porque por vezes as piadas são mal compreendidas, e não quero correr o risco de pensarem que sou algo que definitivamente não o sou…
Como deves já ter percebido, o meu sentido de humor não se rege pelos cânones ditos normais, foi portanto uma jogada defensiva para não ferir susceptibilidades… Não leves a mal.
Conciliar História a Geografia parece-me muito interessante. Apesar de estar mais virada para o meio científico, confesso que tenho um grande carinho e curiosidade por História.
ResponderEliminarPenso que tal como o Rui, sofremos de um "mal" ... a incessante curiosidade pelo Homem e por tudo o que o rodeia.
Quanta à questão das explicações...não sou ninguém para fazer julgamentos, e portanto não levo a mal.