segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher

Porque hoje é dia da Mulher... e como merecemos nós este dia...
"WE SHALL FIGHT UNTIL WE WIN"

Porque as gaivotas também choram
Quando o mar agitado as ignora
Porque rompemos as sombras
Quando a luz nos transforma.
Porque nos deitamos na areia
Das praias do nosso orgulho
Porque somos fonte de vida
Quando geramos os nossos filhos!
Porque os rios também morrem
Quando a seca os devoraPorque nos completamos
Num prolongamento de nós…
Porque o céu enlouquece
Quando as nuvens se atropelam
Porque somos canoas flutuantes
À espreita das madrugadas.
Porque o nosso corpo floresce
Na feminilidade premente do sentir…
Porque reconstruimos os sonhos
Quando vemos o mundo ruir…!

Vóny Ferreira

8 comentários:

  1. É um verso lindíssimo… Paleolítico e Neolítico, em que a mulher era equiparada à Terra… Ambas Mães! Assim como da mulher nasciam os filhos, da Terra germinava a vida. Será possivelmente essa a justificação para a aparição no período do Paleolítico e Neolítico de imensas estatuetas femininas que consagravam a mulher como símbolo de fertilidade.

    Contudo sou suspeito para falar do dia da mulher...

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  2. História… porque não?
    Suspeito…por duas razões:
    1. Porque sinto-me excluído… Porque não existe um dia do homem!!! Era justo que houvesse… pois já atingimos o estatuto de minoria excluída…
    2. Uma outra razão que me recuso a escrever!
    E favor não me peças para explicar nenhuma das duas razoes!

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  3. Quelarinha e seus leitores, já agora deixem-me mostra-vos o melhor poema dedicado às mulheres. Obviamente que todos o conhecem, pois é um hino:
    Calçada de Carriche
    Luísa sobe, sobe a calçada,
    sobe e não pode que vai cansada.

    Sobe, Luísa, Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    Saiu de casa
    de madrugada;
    regressa a casa
    é já noite fechada.
    Na mão grosseira,
    de pele queimada,
    leva a lancheira
    desengonçada.

    Anda, Luísa, Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    Luísa é nova,
    desenxovalhada,
    tem perna gorda,
    bem torneada.
    Ferve-lhe o sangue
    de afogueada;
    saltam-lhe os peitos
    na caminhada.

    Anda, Luísa. Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    Passam magalas,
    rapaziada,
    palpam-lhe as coxas
    não dá por nada.

    Anda, Luísa, Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    Chegou a casa
    não disse nada.
    Pegou na filha,
    deu-lhe a mamada;
    bebeu a sopa
    numa golada;
    lavou a loiça,
    varreu a escada;
    deu jeito à casa
    desarranjada;
    coseu a roupa
    já remendada;
    despiu-se à pressa,
    desinteressada;
    caiu na cama
    de uma assentada;
    chegou o homem,
    viu-a deitada;
    serviu-se dela,
    não deu por nada.

    Anda, Luísa. Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    Na manhã débil,
    sem alvorada,
    salta da cama,
    desembestada;
    puxa da filha,
    dá-lhe a mamada;
    veste-se à pressa,
    desengonçada;
    anda, ciranda,
    desaustinada;
    range o soalho
    a cada passada,
    salta para a rua,
    corre açodada,
    galga o passeio,
    desce o passeio,
    desce a calçada,
    chega à oficina
    à hora marcada,
    puxa que puxa, larga que larga,
    toca a sineta
    na hora aprazada,
    corre à cantina,
    volta à toada,
    puxa que puxa, larga que larga,

    Regressa a casa
    é já noite fechada.
    Luísa arqueja
    pela calçada.

    Anda, Luísa, Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada,

    Anda, Luísa, Luísa, sobe,
    sobe que sobe, sobe a calçada.

    António Gedeão

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  4. Perguntei história, se também tu serias professor.
    E claro, não pedirei explicações... nem tenho de as pedir.

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  5. Ola António, sem dúvida alguma esse é um hino à mulher... à mulher portuguesa.
    Se não estou em erro, tomei conhecimento ainda muito nova através da Odete Santos num programa de televisão. Apesar da minha tenra idade para perceber o conceito de mulher, jamais me esqueci da forma apaixonante como ela o ditava.

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  6. Professor… que achas?

    Contudo não sou professor, já pensei nisso, mas o meu percurso profissional nunca se proporcionou, talvez um dia… por agora, estou apenas “tentar” finalizar a minha tese em história contemporânea que diga-se de passagem é uma das minhas paixões, mas contudo curiosamente sou licenciado em Geografia. Não se notam os tiques de geógrafo… sempre com a mania que conseguem abranger todas as áreas do saber.
    Quanto às explicações, não as quis dar, porque por vezes as piadas são mal compreendidas, e não quero correr o risco de pensarem que sou algo que definitivamente não o sou…
    Como deves já ter percebido, o meu sentido de humor não se rege pelos cânones ditos normais, foi portanto uma jogada defensiva para não ferir susceptibilidades… Não leves a mal.

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  7. Conciliar História a Geografia parece-me muito interessante. Apesar de estar mais virada para o meio científico, confesso que tenho um grande carinho e curiosidade por História.
    Penso que tal como o Rui, sofremos de um "mal" ... a incessante curiosidade pelo Homem e por tudo o que o rodeia.

    Quanta à questão das explicações...não sou ninguém para fazer julgamentos, e portanto não levo a mal.

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