Antes de iniciar esta viagem, a minha maior curiosidade residia em conhecer Istambul. Aquela cidade milenar, dividida entre Europa e Ásia, com uma mistura de culturas que só aquela cidade conhece. Dizer que adorei Istambul é dizer pouco, só o nome da cidade já arrepia, não fosse a antiga Constantinopla...
A primeira impressão é... completo caos! Muita, muita gente pela rua, carros desorganizados pelas estradas, transportes publicos apinhados de gente... é muita gente, realmente muita, não fossem eles 13 milhõs de habitantes.
A cidade é maior que gigantesca e moderna, muito moderna, uma cidade ocidental ao nível dos países nórdicos, não fosse a confusão em que Istambul vive...
Bom calçado nos pés que é como quem diz, umas havainas e toca a meter quilómetros nas pernas. A Mesquita Azul é um edifício imponente. Grande e grandioso, que não deixa ninguém indiferente quando se olha por fora, muito menos quando se está no interior. Foi a primeira vez que vi uma mesquita de grandes dimensões e são de uma beleza extrema. No interior, decorado com milhões de pequenos azulejos e com uma tapeçaria a cobrir todo o chão, a única coisa que se sente é paz. Uma grade divide o corredor para turistas e mulheres, enquanto que a maior parte está reservada aos homens que diariamente lá vão rezar. Ouve-se a oração num volume baixo enquanto se caminha por aquele magnífico vestido. A indumentária feminina inclui um lenço na cabeça, ombros e pernas tapadas e sapatinhos na mão. Não é permitido a ninguém entrar calçado. Sugiro que levem o vosso próprio lenço, caso contrário será emprestado um dos famosos lenços que eles possuem por lá, que pelo aspecto já passou por muitas cabeças sem ter vista água. Aproveitei para me sentar um pouco no chão naquele tapete lindíssimo e super confortável. Ali estava eu, na mesquita Azul em Istambul, em pleno Ramadão.
A primeira impressão é... completo caos! Muita, muita gente pela rua, carros desorganizados pelas estradas, transportes publicos apinhados de gente... é muita gente, realmente muita, não fossem eles 13 milhõs de habitantes.
A cidade é maior que gigantesca e moderna, muito moderna, uma cidade ocidental ao nível dos países nórdicos, não fosse a confusão em que Istambul vive...
Bom calçado nos pés que é como quem diz, umas havainas e toca a meter quilómetros nas pernas. A Mesquita Azul é um edifício imponente. Grande e grandioso, que não deixa ninguém indiferente quando se olha por fora, muito menos quando se está no interior. Foi a primeira vez que vi uma mesquita de grandes dimensões e são de uma beleza extrema. No interior, decorado com milhões de pequenos azulejos e com uma tapeçaria a cobrir todo o chão, a única coisa que se sente é paz. Uma grade divide o corredor para turistas e mulheres, enquanto que a maior parte está reservada aos homens que diariamente lá vão rezar. Ouve-se a oração num volume baixo enquanto se caminha por aquele magnífico vestido. A indumentária feminina inclui um lenço na cabeça, ombros e pernas tapadas e sapatinhos na mão. Não é permitido a ninguém entrar calçado. Sugiro que levem o vosso próprio lenço, caso contrário será emprestado um dos famosos lenços que eles possuem por lá, que pelo aspecto já passou por muitas cabeças sem ter vista água. Aproveitei para me sentar um pouco no chão naquele tapete lindíssimo e super confortável. Ali estava eu, na mesquita Azul em Istambul, em pleno Ramadão.
Mesmo em frente à Mesquita Azul, encontra-se a milenar Basílica de Santa Sofia, hoje em dia transformada em museu. Depois de igreja foi reconvertida em Mesquita, e hoje é um dos maiores simbolos da cidade e da sua história. Mais uma vez, a mesquita é enorme, e nota-se no seu interior a influência dos anos e das religiões. Desta vez, o seu interior não é repleto de silêncio nem orações, mas sim de barulhentos turistas. Uma coisa que achei imensa piada foi aos candeeiros, que apesar de pendurados naturalmente nos tectos, estão suspensos a poucos metros do chão. A sensação é de uma gigantesca área e com aqueles objectos como uma das poucas decorações interiores. As paredes são pintadas a pequenos azulejos que sobreviveram ao longo dos anos, que quando se repara bem, vê-se que contém uma elevadíssima quantidade de ouro.
Uma outra coisa obrigatória é apanhar um barquinho e subir o Canal do Bósforo que divide a cidade e os continentes. A viagem demora cerca de uma hora e meia na qual o barco navega junto às margens para se ver as maravilhosas construção do canal. Naturalmente, as únicas pessoas que embarcam nestes barcos são turistas. É uma viagem bastante agradável, passada entre o bar e a proa.
Chegados a terra já com o por do sol, a melhor coisa que se pode meter no estômago é a típica sande de peixe. Existem em pequenos barcos ao lado da ponte, que notam-se bem porque não é comum ver-se barcos a abanar tanto. Eu nunca vi tal coisa, o banco a abanar de tal forma que parecia que virava, e muito tranquilamente no seu interior estão várias grelhas onde se assa o peixe. Para comprar um, basta chegar perto de um desses barcos e pedir a sande que vem, para além do peixe, com alface e cebola. Depois é tentar arranjar uma mesa pequena e baixa e dois banquinhos para comer tranquilamente. Nos poucos minutos que demora a comer, muitos vendedores passam por todas as mesas, tentando vender bebidas ou toalhitas para limpar as mãos. Confesso que detesto cebola crua, mas aquela sandocha soube pela vida...
Muito próximo da Basílica de Santa Sofia encontram-se as cisternas. Um mundo subterrâneo povoado por peixes que vivem em águas de pouca profundidade. Vale a pena visitar por várias razões, a primeira é porque é fresco lá dentro... tou a brincar. Na verdade, é escuro... mas belo. Os pilares estão iluminados por fracas luzes, o que dá a sensação de andar no meio da escuridão num mundo à parte. Curiosas são as medusas, duas bases de pilares com caras, uma delas de lado e outra de pernas para o ar, que ninguém sabe muito bem qual o objectivo de tais figuras.
Um outro lugar obrigatório é o Grande Bazar, o maior bazar coberto do mundo. Esperava ver muita confusão lá pelo meio, mas enganei-me. Realmente o seu interior é enorme com as ruas devidamente nomeadas. Na rua principal vê-se imensas joalharias em devidas lojas, mas caminhando por ruelas paralelas o que se vê são pequenas entradas com todo o tipo de material exposto no exterior. Mas apesar do tamanha, é bastante limpo e organizado. É tão grande que se encontra no interior esquadra de polícia, farmácia e restaurantes. Quanto à quantidade de material, é muita, a diversidade é que nem tanto. Passado um tempo tinha a noção que estava a ver sempre os mesmos tipos de produtos, essencialmente roupa, jóias e tapetes.
Local obrigatório é o Palácio Real e o harém. Complexo formado por vários edifícios, onde o visitante vai saltando de uma para outro, vendo a beleza das construções, dos jardins e das jóias dos antigos sultões. As vistas do palácio são incríveis e os objectos inimagináveis. Vi pedras preciosas em número e tamanho como jamais sonhei.
O harém confesso que foi uma desilusão. Não porque fosse feio, mas honestamente estava à espera de algo mais, ou tamanha ou grandiosidade e riqueza. Vê-se apenas compartimentos e nada mais.
O harém confesso que foi uma desilusão. Não porque fosse feio, mas honestamente estava à espera de algo mais, ou tamanha ou grandiosidade e riqueza. Vê-se apenas compartimentos e nada mais.
De resto, Istambul são ruas e ruelas apinhadas de gente das mais diferentes culturas. Vê-se mesquitas em todos os cantos, misturadas com lojas internacionais. Ruelas com bares alternativos, onde se ouve grande musica enquanto se desfruta de uma cerveja. O local de jantar que me ficou gravado na memória, foi um pequeno restaurante onde jantei no terraço rodeado por gatos nos muros, uma musica maravilhosa e uma grande surpresa ao sair. Nada mais nada menos, que uma das salas do restaurante com alguns jovens estrangeiros à volta de uma mesa, a tocar instrumentos, e uma bela voz portuguesa a cantar Maria Lisboa. A sensação de algo tão familiar, num local tão distante assombrou-me a alma.
No último dia, fiz questão de ir para o local principal, à volta da Mesquita Azul, onde as famílias se juntam para comer a refeição diária. Eram 19h estava eu sentada num banco de jardim, enquanto milhares de pessoas se aglomeravam nas mesas, nos bancos ou mesmo na relva com os seus pratos, comida, e às vezes fogões espalhados pela área. Anoiteceu, do minarete das mesquita ouve-se a tradicional oração, sinal de que se pode comer. Foi um festival de comida, risos e conversas que presenciei. Foi um momento inesquecível. Depois, com a barriga já a dar sinal, fomos comer e beber umas boas cervejas a um pub. Foi a despedida de Istambul, depois disso, tínhamos um avião para apanhar a meio da noite.
No último dia, fiz questão de ir para o local principal, à volta da Mesquita Azul, onde as famílias se juntam para comer a refeição diária. Eram 19h estava eu sentada num banco de jardim, enquanto milhares de pessoas se aglomeravam nas mesas, nos bancos ou mesmo na relva com os seus pratos, comida, e às vezes fogões espalhados pela área. Anoiteceu, do minarete das mesquita ouve-se a tradicional oração, sinal de que se pode comer. Foi um festival de comida, risos e conversas que presenciei. Foi um momento inesquecível. Depois, com a barriga já a dar sinal, fomos comer e beber umas boas cervejas a um pub. Foi a despedida de Istambul, depois disso, tínhamos um avião para apanhar a meio da noite.
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