segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sozopol @ Bulgária

Aterrado o avião, tivemos de esperar uma eternidade ao sol até aparecer um autocarro que fosse até à cidade de Burgas. Achei piada ao método de compra de bilhete. Uma pessoa vai-se habituando ao longo dos anos a comprar bilhetes numa máquina ou à entrada do autocarro no motorista. Bem, por aqui as coisas ainda se passam à moda antiga. Uma pessoa entra e depois de estar sentada é que passa o revisor a cobrar o bilhete. A viagem afinal ainda era longa e o autocarro era dos típicos urbanos. Passado não muito tempo adormeci, já não tinha mais forças. Acordei passados 40min na estação de autocarros de Burgas. Pronto, já só faltava uma viagem... até Sozopol. O autocarro apareceu passada meia hora, e mais uma vez adormeci, neste momento já dormia em qualquer lado, até em cima de um muro debaixo de um sol de 33ºC. Mais 40min de viagem e eis que finalmente ponho os pés na tão aguarda terriola de Sozopol. O que geralmente se faz sem dificuldade, que é encontrar o hotel, aqui não conseguimos escapar a uma boa caminhada de mochila às costas. Um bom tempo depois, finalmente entrámos no hotel. Nunca mais me esquecerei da expressão na cara da funcionária da recepção, a simpática Marya, quando vê a entrar naquele hotel de luxo duas pessoas com aspecto de quem vive na rua. A primeira pergunta foi "Are you ok?", ao que prontamente respondi "No".
Quando entrei no quarto, não quis dormir nem tão pouco tomar banho. Saí do quarto, demorando apenas o tempo necessário para vestir o bikini e pegar na toalha de praia. Apressámos-nos para a praia, deixámos cair as toalhas na areia, e corremos... sim, corremos para a água. Parecia uma criança que nunca tinha estado na praia. Eu mergulhava, ria muito, boiava na água, voltada a rir. Só dizia "Já cá estamos, nem acredito que chegámos!!!!", e mais uma vez ria com o mais puro dos sorrisos.
Mar negro inaugurado, um bom lanche num pub e passados uns minutos estava completamente aterrada a dormir. Desta vez não era num autocarro, não era no chão de um comboio, não tão pouco no assento, não era no chão frio da estação de autocarros, não era no avião, não era num muro ao sol... era numa bela e limpa cama.
Os dias por Sozopol passaram a voar, ficámos lá 5 dias nos quais conseguimos descansar. A rotina era maravilhosa, levantar ao final da manhã, tomar o pequeno almoço/almoço à beira mar, mergulhinho na praia, jantar e pouco mais. A cidade é completamente turística, parecia o Algarve. Apesar de ter tido a preocupação ao marcar férias na praia ter procurado um local pouco turístico, a realidade ao chegar foi um pouco diferente do que estava à espera. Toda a marginal são restaurante, lojas e bares. Tudo pequeno, tudo pré-fabricado onde se vendia desde gelados, a kebabs, passando por lojas de bikinis e óculos de sol, tudo a que uma praia tem direito. Ao jantar era a verdadeira festa, onde cada restaurante tinha o seu próprio cantor ao vivo, rivalizando com com o cantor do restaurante ao lado, separado apenas por uma pequena rede. O café matinal era sempre num bar muito catita na praia, mais conhecido por nós como o bar da barriguitas, o lanche geralmente era no pub, enquanto que o jantar era todos os dias num local diferente.
Hoje, em meados de Outubro quando escrevo isto, tenho saudades daquela areia e daquele maravilhoso mar com a água nos 30º.
Gostei, gostei imenso de lá ter passado uns dias em que a preguiça era a grande dominadora do dia.
Domingo, dia 21 de Agosto estávamos novamente em Burgas, desta vez à espera do autocarro para o local que mais ansiava conhecer... Istambul.




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